O Palácio do Planalto já define a próxima terça-feira, 29, como o Dia D da crise política no governo, data em que o diretório nacional do PMDB se reunirá para decidir se fica ou se deixa definitivamente a base de apoio da presidente Dilma.
A tropa do desembarque peemedebista do governo tem à frente o vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, o primeiro na linha sucessória de um possível impeachment de Dilma.
Segundo a imprensa nacional, o PMDB do Rio de Janeiro já teria comunicado a Temer que votará pelo rompimento do partido com o governo, o que reduz a chance da presidente na votação do impeachment na Câmara Federal, onde a legenda fluminense tem 12 parlamentares, embora um deles, líder do governo na Casa, Leonardo Picciani, deve permanecer alinhado ao Planalto.
A ideia é que os parlamentares e ministros que queiram permanecer com Dilma, se afastem do partido no caso do resultado ser mesmo o rompimento.
A decisão do PMDB deve mexer em outras legendas, como o PP.
Há quem diga que o PP já está de malas arrumadas para deixar a base governista e a posição do PMDB na próxima semana pode acelerar, ou não, essa ida.
De todo modo, com tendências e interesses por demais divergentes, será um debate acirrado a ser feito pelos peemedebistas e pesará, sem nenhuma sombra de dúvida, os passos do partido em um provável cenário de impeachment da presidente.
Em tempo: Dilma prepara a contrapartida. Quer que os ministros peemedebistas se licenciem da legenda e está disposta a negociar cargos do governo com parlamentares de quaisquer partidos que possam ajudá-la a barrar o impeachment.
É a guerra do toma lá, dá cá.
E o Brasil???
Eliane Aquino – Cada Minuto+